Semae capacita funcionários para ampliar desobstrução da rede de esgoto com hidrojato
Serviço Municipal de Águas e Esgotos
Funcionários do setor de manutenção da rede de esgoto do Semae de Mogi das Cruzes receberam treinamento para operação de hidrojato – equipamento que faz a sucção de detritos acumulados na tubulação e o jateamento de água sob pressão para limpeza do sistema. “Esta capacitação serve tanto para os funcionários que não operavam o equipamento, quanto para os que já executam a tarefa, visando à melhoria da eficiência do serviço”, afirma o encarregado do setor de manutenção, Anderson Amorim.
Os caminhões com hidrojato são essenciais para manter o sistema de esgotamento em boas condições de operação, principalmente na época mais chuvosa do ano, quando os problemas aumentam devido a muitas ligações irregulares de água de chuva (pelo sistema de drenagem das casas) na rede de esgoto.
O sistema de escoamento de água de chuva é projetado para escoar a vazão para as galerias, de onde segue o caminho natural até os córregos e rios da cidade. Já o sistema de esgoto conduz os dejetos das casas para as estações de tratamento.
Misturar as redes pode ocasionar vazamentos em tampões de rede de esgoto –visíveis em ruas e avenidas após dias chuvosos– e os entupimentos de tubulação. Outro tipo de ocorrência comum é o retorno de esgoto para dentro das casas. Isso acontece porque o volume de água de chuva que chega às tubulações acaba sendo muito grande, voltando para dentro das residências e causando transtornos aos moradores.
O resultado deste processo também é visto na Estação de Tratamento de Esgoto do Semae, em Cezar de Souza, onde é possível notar o aumento significativo do volume de líquido –esgoto misturado com a água da chuva.
No período chuvoso, os pedidos de manutenção chegam a dobrar. De 15 solicitações diárias registradas, em média, o número chega a 30. Os pedidos referem-se a vazamentos, entupimentos e retorno de água para dentro das residências.
A recomendação do Semae é para que os cidadãos verifiquem a existência de ligações que despejam a água da chuva no sistema de esgoto. Muitas vezes as pessoas não percebem que estas ligações existem. As calhas da casa ou do edifício devem conduzir a água para as sarjetas, nas ruas, e não para tubulações internas. O trabalho de orientação das equipes da autarquia é constante.
Mas o problema não é só a água da chuva. Nos trabalhos de limpeza, é comum funcionários retirarem da rede de esgoto resíduos como pedras, madeira, gordura e outros tipos de detritos.
O Semae também orienta a população sobre o uso do sistema, evitando o descarte de materiais sólidos. (Julio Nogueira)
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