Três territórios culturais são aprovados na segunda etapa do PROFAC
Secretaria de Cultura
O Casarão da Mariquinha, Galpão Arthur Netto e Escola de Artes AJPS foram os três territórios culturais aprovados na segunda etapa do Programa Municipal de Fomento à Arte e Cultura de Mogi das Cruzes (PROFAC). Cada um terá, portanto, direito a receber recurso de até R$ 50 mil, a serem aplicados no desenvolvimento de suas respectivas atividades artísticas e culturais.
No caso do Casarão da Mariquinha, o mote do projeto aprovado é fomentar e levar para regiões periféricas da cidade espetáculos nascidos no casarão, que é um prédio histórico, gerido há cerca de quatro anos pela Associação Casarão da Mariquinha e que se tornou um polo de cultura, reconhecido em 2017 com o Prêmio Governador do Estado.
A proposta dos membros da Associação Casarão da Mariquinha é gerar a trocar de experiência entre os artistas residentes do espaço cultural e membros da comunidade de bairros descentralizados, com destaque para Sabaúna, Vila da Prata, Vila Nova União e Vila Natal. Também está prevista a realização de 21 atividades educativas, como oficinas, vivências e workshops, todas de amplo acesso e destinadas a todas as idades.
As oficinas, que devem começar a ser realizadas em outubro, terão como foco os segmentos de artes visuais, música, audiovisual e cultura popular, prevendo atividades como oficina de luthieria, vivências de cultura popular, workshops de desenho gráfico e pintura e oficinas voltadas à produção audiovisual. A ideia é atingir mais de 2 mil pessoas, entre alunos e espectadores.
Já o Galpão Arthur Netto de Cultura e Cidadania, cujo projeto é assinado pela Associação das Culturas Brasileiras Jabuticaqui, pretende manter atividades já desenvolvidas pelo espaço de cultura, bem como implementar novas. Em termos de oficinas, a proposta é garantir a formação de novas turmas para atividades de teatro e de circo.
Além das oficinas, também está nos planos dos responsáveis pelo espaço cultural utilizar os recursos do PROFAC para promover encontros semanais sobre manifestações culturais brasileiras, o que compreende maracatu, jongo, ciranda, boi do maranhão, bem como investir em espetáculos e vivências de intercâmbio cultural, interagindo com outros espaços, artistas e regiões do município.
Outras metas são organizar uma mostra regional de produções do segmento audiovisual e investir na divulgação de sua própria marca, por meio da produção de conteúdo audiovisual para canais de mídia social.
Vale lembrar que o Galpão Arthur Netto existe há nove anos como um espaço de cultura independente na cidade e tem em sua bagagem mais de 500 espetáculos teatrais, 200 shows musicais, 50 espetáculos de dança, 50 espetáculos circenses, 100 oficinas e diversas reuniões sobre políticas públicas para a cultura.
Já a Escola de Artes AJPS (Associação dos Moradores do Jardim Juliana, Vila Paulicéia e Vila Nova Suíssa) quer manter os projetos já realizados e que sobrevivem por meio da realização de eventos próprios para a captação de recursos e alguns apoiadores. O núcleo oferece aulas de diversos segmentos artísticos, como balé clássico, dança contemporânea, música, canto e acrobacias aéreas e de solo.
A entidade pretende manter e melhorar a estrutura da unidade, visando otimizar as condições de aprendizado dos alunos, bem como ampliar a sua participação e difusão para comunidades de outras partes do município.
O trabalho da AJPS teve início há mais de 20 anos, com a criação da Associação e hoje atende cerca de 350 pessoas diretamente, entre crianças, adolescentes e jovens. São alunos que encontram nesse espaço plural a oportunidade de convivência saudável, aprendizado de técnicas artísticas como ferramenta para diálogo com o mundo, afirmação de suas identidades e estímulo para profissionalização na arte.
Além de dar continuidade aos cursos já oferecidos, a ideia é ampliar o corpo de profissionais monitores, realizar workshops regularmente, ampliar a produção de espetáculos, bem como a circulação dos mesmos e realizar um intercâmbio com outros artistas e grupos, para trocas criativas.
“São três territórios culturais independentes com atuação forte no município e que vêm se tornando referência como espaços de genuína produção e difusão de arte. O PROFAC chega como um estímulo a mais para que eles possam continuar desenvolvendo trabalhos de relevância e abrangência”, destaca o secretário municipal de Cultura, Mateus Sartori.
Sobre o PROFAC
O PROFAC é mais uma ferramenta criada pelo município para fomentar as produções culturais e os artistas locais, além de estimular o desenvolvimento econômico, a geração de emprego e renda e o acesso a bens culturais de Mogi das Cruzes.
Ele nasceu a partir de reuniões, fóruns, debates e círculos de diálogos, por meio do programa Diálogo Aberto, que nos últimos 5 anos ouviu 13.689 pessoas. Nesses encontros, representantes de diversos segmentos culturais solicitaram a criação de um instrumento como o programa. Trata-se, portanto, de algo inteiramente construído numa parceria entre o poder público e a sociedade civil.
Diferentemente da Lei de Incentivo à Cultura, o projeto aprovado nos editais do PROFAC já recebe recursos diretamente da municipalidade. Isso representa uma facilidade a mais para os proponentes, que não precisam buscar apoiadores após ter o projeto aprovado. (Lívia de Sá)
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