Hospital de Campanha será desativado no final de agosto

Secretaria de Saúde

21 de agosto de 2020
Hospital de Campanha funcionou como retaguarda para todos os hospitais da cidade no tratamento contra o coronavírus (foto: Ney Sarmento/PMMC)

O Hospital de Campanha será desativado no próximo dia 31 de agosto. A decisão foi tomada pelo Comitê Gestor do Coronavírus de Mogi das Cruzes com base na queda do número de óbitos e internações por Covid-19 registrada nas últimas semanas e em toda a estrutura já montada para garantir os atendimentos necessários.
A partir desta sexta-feira (21/8), a unidade deixa de receber novos pacientes, cuidando apenas dos que já estão em tratamento no local. Os pacientes que precisarem de internação – enfermaria ou UTI – continuam contando com o Hospital Municipal de Mogi das Cruzes, em Braz Cubas, onde desde março está instalado o Centro de Referência do Coronavírus.

O Hospital de Campanha foi instalado na avenida Cívica, no Mogilar, e entrou em operação no dia 24 de maio. Até o dia 20 de agosto, registrou 494 admissões de pacientes, dos quais 432 tiveram alta, 41 foram transferidos e 21 permaneciam internados. 

Embora tenha sido projetado com capacidade para 200 leitos, o Hospital de Campanha nunca teve mais de 50 leitos ocupados simultaneamente. “Nós fizemos o planejamento em quatro partes de 50 e assim os contratos foram feitos também, como está no Portal de Transparência, para que os custos fossem proporcionais. O que passasse de 50 seria por acréscimo de 15 leitos, mas em nenhum momento nós precisamos passar”, explicou o secretário municipal de Saúde, Henrique Naufel.

Entre os motivos citados pelo secretário para o fechamento do Campanha está a redução no número de casos confirmados e óbitos provocados pela Covid-19. Desde o final de maio, a média móvel de óbitos tem registrado uma queda consistente. “Acende um sinal de alerta quando passamos de cinco [por dia]. Três vezes nós passamos. Mas, desde a semana 28, e a gente está na 34, que a gente está na descendente. São seis, indo para sete semanas, com queda no número de óbitos”, explicou. 
Em uma reunião de trabalho aberta à imprensa, o secretário explicou ainda que, caso o Hospital de Campanha fosse fechado nesta sexta-feira (21), a média de ocupação de leitos públicos de enfermaria da cidade seria de 72% e de UTI de 61%, mantendo o município nas mesmas condições exigidas para a manutenção da fase atual.

“Historicamente, os leitos UTI Covid não têm se alterado, com média de ocupação em torno de 60%”, informou. O Hospital Municipal conta com 79 leitos, dos quais 54 estão equipados para terapia intensiva e 25 para enfermaria. “Se houver a necessidade de um alargamento, os leitos são móveis. Tanto no Hospital Municipal quanto no Hospital Luzia de Pinho Melo, a gente consegue confortavelmente ajustar conforme a demanda, mantendo esses pacientes muito bem instalados e bem cuidados”, completou. 

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