Mogi investirá R$ 39 milhões em saneamento; Jundiapeba terá mais de 90% de esgoto tratado

Serviço Municipal de Águas e Esgotos

02 de julho de 2019
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A Prefeitura de Mogi das Cruzes e o Serviço Municipal de Águas e Esgotos (Semae) investirão R$ 39 milhões em novas obras para melhoria do abastecimento de água e na ampliação da coleta e tratamento de esgoto. O anúncio foi feito na manhã desta terça-feira (02/07) pelo prefeito Marcus Melo. As obras são a implantação de um sistema de esgotamento sanitário na Vila Nova Jundiapeba, reforma da Estação de Tratamento de Água (ETA) Centro e projeto para instalação dos coletores-tronco Jundiaí, Oropó e Santo Ângelo. Com esses investimentos, os bairros de Jundiapeba e Nova Jundiapeba passarão de 90% de coleta e tratamento de esgoto, um dos melhores índices da cidade.

“Mogi das Cruzes nasceu e cresceu às margens do Rio Tietê, depois virou as costas para ele, tanto que a preocupação com o tratamento de esgoto é relativamente nova. No ano 2000, o município tratava apenas 0,5% do que era coletado. Isso passou a mudar a partir de 2008, com a inauguração da ETE Leste”, disse o prefeito. “Com isso, alcançamos avanços históricos e chegamos aos atuais 61%, índice que será ampliado com as novas obras”, completou.

“Mogi das Cruzes e São Caetano do Sul são as únicas cidades da Região Metropolitana de São Paulo que contam com serviço próprio de água e esgoto. Sabemos o quanto o Semae é importante para nós, e a população reconhece este trabalho como de qualidade”, destacou Melo.

O diretor-geral da autarquia, Glauco Luiz Silva, detalhou os projetos. Dos investimentos anunciados, o mais adiantado é o do sistema de esgotamento sanitário Jundiapeba, cuja licitação está em andamento. O investimento previsto será de R$ 15.583.689,45, sendo R$ 11.968.756,83 de empréstimo da Caixa e R$ 3.614.932,62 de contrapartida.

Serão implantados 15 quilômetros de rede coletora de esgoto na Vila Nova Jundiapeba, 1.760 metros de coletor-tronco, 1.240 metros de linha de recalque (bombeamento) e uma estação elevatória de esgoto com vazão de 47 litros por segundo.

A população atendida será de 8 mil pessoas. As obras representarão um aumento de 6,9% no volume de esgoto tratado na cidade, passando dos atuais 61% para 67,9%. Especificamente em Jundiapeba e Nova Jundiapeba, o índice será superior a 90%, tanto coleta quanto tratamento.

Para reforma e ampliação da ETA Centro o investimento será de R$ 21.168.318,60, sendo R$ 20.070.231,60 de empréstimo da Caixa e R$ 1.098.087,00 de contrapartida. O objetivo é aumentar a capacidade de tratamento, solucionar problemas operacionais, modernizar as estruturas existentes e, consequentemente, melhorar a qualidade da água produzida.

Um dos principais benefícios da obra será o aumento de 71% na capacidade de tratamento de água, passando de 700 litros por segundo para 1.200 litros por segundo.

A ETA Centro é abastecida pela Estação de Captação e Recalque 2 (ECR-2), no Rio Tietê, onde a água é bombeada por meio de uma adutora de 7 quilômetros até a unidade de tratamento. A população atendida é de aproximadamente 280 mil pessoas

A ETA Centro foi inaugurada em 1957, quando o serviço ainda era prestado pela Divisão de Água e Esgotos, órgão que antecedeu ao Semae. Esta será a terceira reforma e ampliação. A primeira foi em 1970 e a segunda, em 1992.

Por fim, a Prefeitura e o Semae investirão num projeto básico e estudos ambientais para implantação de coletores-tronco para a bacia do Rio Jundiaí. Serão destinados R$ 2.344.061,83 (R$ 2.185.911,21 da Caixa e R$ 158.150,62 de contrapartida).

O projeto será para implantação dos coletores-tronco Jundiaí, Oropó e Santo Ângelo, que somarão 16,7 quilômetros, passando pelos distritos de Jundiapeba e Braz Cubas. A instalação dos coletores possibilitará desativar as estações elevatórias de esgoto bruto Indonésia, Andiroba, Oceania, Tanzânia e Sapucaia, diminuindo o custo de operação do sistema de esgotamento sanitário do município.

Os coletores Jundiaí, Oropó e Santo Ângelo visam ao atendimento dos bairros Vila Jundiaí, Jardim Planalto, Residencial Cambuci, Residencial Mirage, Jardim Aeroporto, Jardim Layr, Jardim Santos Dumont, Conjunto Santo Ângelo, Porteira Preta, Conjunto Oropó, Vila Moraes e Conjunto São Sebastião.

A população atendida na área de abrangência é de 13 mil pessoas, mas a capacidade futura (considerando o crescimento populacional da região) é para 25 mil moradores.

O diretor-geral explica que a licitação para o projeto dos coletores será aberta em breve. Já o projeto da reforma e modernização da ETA Centro ainda passará por ajustes técnicos.

O vice-prefeito Juliano Abe lembrou que a cidade fechou o mês de julho com um balanço positivo das ações do Junho Verde, e começa julho também com “um dos maiores projetos ambientais e de saneamento que esta cidade já viu”.

O deputado estadual Marcos Damásio enfatizou que o Semae é um patrimônio dos mogianos. “Temos orgulho desta empresa, por tudo que ela representa e pela qualidade de seus funcionários. Esses R$ 39 milhões serão muito bem investidos e deixarão a cidade próxima dos 70% de tratamento de esgoto.”

Também participaram do evento a presidente do Fundo Social, Karin Melo; secretários municipais e vereadores. (Julio Nogueira)