Prefeitura esclarece monitoramento de ruas e avenidas com radar móvel

Secretaria de Mobilidade Urbana

18 de maio de 2018
facebook whatsapp
Acessibilidade

Ruas e avenidas de Mogi das Cruzes estão passando, durante este mês, por um monitoramento sobre o comportamento dos motoristas com relação ao excesso de velocidade. A ação faz parte do movimento Maio Amarelo e os veículos flagrados nestes novos pontos não estão sendo multados. Os dados serão utilizados no planejamento de ações pela Secretaria Municipal de Transportes visando aumentar a segurança nas ruas e avenidas da cidade.

As ações e os dados obtidos até aqui foram apresentados à imprensa na tarde desta sexta-feira (18/05) pelo secretário municipal de Transportes, José Luiz Freire de Almeida. No total, 33 pontos de 15 ruas e avenidas estão sendo monitoradas. Os equipamentos estão monitorando as avenidas Cavalheiro Nami Jafet, Doutor Álvaro de Campos Carneiro, Engenheiro Miguel Gemma, Fernando Costa, Francisco Ferreira Lopes, Francisco Rodrigues Filho, Guilherme George, Japão, Júlio Simões, Prefeito Carlos Alberto Lopes, Prefeito Francisco Ribeiro Nogueira, Tenente Onofre Rodrigues de Aguiar e Presidente Altino Arantes, o trecho urbano da Rodovia Mogi-Dutra e a rua Cabo Diogo Oliver.

“Nossas ações não são aleatórias. A Secretaria de Transportes adota medidas em locais que são observados e as intervenções são feitas em cima de estudos técnicos. Nestes casos, as está sendo feito o monitoramento para verificar exatamente o comportamento dos motoristas e o risco existente nas vias”, disse José Luiz, explicando o trabalho que vem sendo desenvolvido e a repercussão que vem tendo junto à população.

“Estamos acompanhando nas redes sociais que as pessoas estão vendo muito radar pela cidade. É uma verdade. O equipamento estático, que as pessoas conhecem como móvel, passou a monitorar estes pontos. Mas, é importante ressaltar que, neste período, ninguém levou multa nestes locais”, completou, ressaltando que futuros pontos de fiscalização serão divulgados para a população..

O secretário lembrou que a maior parte dos acidentes graves acontece devido ao excesso de velocidade. De acordo com os dados do sistema Infosiga, do Governo do Estado, nos primeiros quatro meses deste ano, 26 pessoas morreram em acidentes de trânsito, contando vias municipais e estaduais. Em 2017, o número foi de 66 mortes, enquanto em 2016 foram 71 casos.

“Para quem olha as estatísticas, podem ser apenas números. Mas para quem teve um parente ou amigo que foi vítima, um caso é muito porque é algo que não se esquece nunca”, afirmou.

De acordo com estudos internacionais, o risco de morte de um pedestre atingido por um veículo que transita a 30 km/h é de 5%. O índice sobre para 45% caso a velocidade do veículo seja de 50 km/h, para 80% na velocidade de 60 km/h e chega a 100% quando o veículo transitando a 80 km/h atinge um pedestre.

Durante a apresentação, foram mostrados números do trabalho que vem sendo realizado e o resultado parcial do monitoramento. Em um ponto da avenida Engenheiro Miguel Gemma, por exemplo, 86% dos veículos passaram acima do limite de velocidade. Um dos veículos, foi flagrado a 79 km/h, enquanto o limite é de 50 km/h. Casos de risco graves também foram identificados na avenida Francisco Rodrigues Filho (em que veículos passaram a 99 km/h e 95 km/h, enquanto o limite de 60 km/h), avenida Cavalheiro Nami Jafet (veículo a 97 km/h em local com limite de 50 km/h) e avenida Francisco Ribeiro Nogueira (veículos a 88 km/h e 77 km/h em local com limite de 50 km/h).

Outro local em que foi detectado risco é a avenida Prefeito Carlos Alberto Lopes, entre o Mogi Moderno, Jardim Camila e Caputera. A via tem limite de 40 km/h, mas foram flagrados veículos a 83 km/h, 73 km/h e 69 km/h.

“Neste ponto, recebemos diversas solicitações para implantação de medidas. Já é certo que na avenida Prefeito Carlos Ferreira Lopes iremos implantar um equipamento de fiscalização. Nossa equipe está estudando qual é o mais adequado”, disse José Luiz.

Número de multas

O secretário também apresentou números referentes a multas por excesso de velocidade registrados em Mogi das Cruzes nos primeiros quatro meses do ano. Em 2017, 36.161 autuações, contra 14.504 registradas neste ano.

“Fala-se muito em indústria da multa, mas os números mostram que isso não existe. O número de autuações caiu neste ano e isso para nós é positivo porque teve um número grande de pessoas que se conscientizaram e respeitaram o limite de velocidade”, disse.

Ele esclareceu ainda a queixa de muitos motoristas de que os radares estáticos ficam escondidos atrás de postes, árvores ou arbustos. “Isso não existe em Mogi das Cruzes, porque os equipamentos registram a velocidade do veículo de frente. Ou seja, o veículo que está indo em direção ao radar, não depois que ele passa. Muitas vezes, os aparelhos são colocados próximo a postes ou árvores para proteção do equipamento e para evitar, por exemplo, que eles sejam derrubados por algum condutor ao passar. Mas eles não ficam escondidos”, afirmou. (Luiz Maritan)